sexta-feira, 18 de junho de 2010

SUGESTÃO DE LIVRO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA


O processo de democratização das relações administrativas no interior da escola e sua articulação com a comunidade é o tema desse livro. Além da análise e das constatações da autora, encontramos a importante contribuição que um trabalho localizado pode trazer ao desenvolvimento geral dos estudos de administração escolar.

A importância da tecnologia na educação

A utilização dos recursos tecnológicos é um caminho sem volta as vezes se leva tempo para domina-los contendo vários equívocos. As escolas têm equipamentos, mas não sabem como utiliza-los. Para a dominação dessa tecnologia é preciso dispormos de algum tempo, o problema é que nesse período de tempo, novas tecnologias serão desenvolvidas, embora a aceleração da produção em informática tenha diminuído bastante.

Fomos criados com medo da tecnologia, ouvindo de nossos pais coisa como “_ Não mexe no botão da TV ”, sem dúvida à próxima geração de educadores deverá ter mais facilidade com a informática e quem não conseguir, vai ficar à margem dos próprios alunos, uma vez que eles dominam a tecnologia. Com isso se exige do professor uma preparação e atualização com intuito de fornecer as ferramentas para motivar o aluno e ajuda-lo a produzir seu conhecimento. O contato com essas novidade amplia o horizonte dos educadores e acena com novas possibilidades pedagógicas.
A grande revolução que o computador promove é permitir uma educação massificada no sentido de que há muita informação disponível e ao mesmo tempo individualizada. Nessa perspectiva não vamos chegar às salas de aula virtuais. Elas já existem , são interessantes, mas não deverão torna-se o padrão. O que vai acontecer é que o ensino não vai mais se reduzir ao livro didático. Os livros deverão ser melhores e adequado à informática, até mesmo com sugestões de sites.
O papel é a forma mais fácil de acesso ao conhecimento, as aulas expositivas, os trabalhos de laboratórios, as pesquisas de campo, as consultas à Internet são recursos complementares, que devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente. Exatamente o oposto do que faz a educação convencional, que desperdiça o mais precioso de todos os recursos, o professor fazendo dele mero fornecedor de informações, quando deveria ser um organizador de situações de aprendizagem.

O profissional em educação não deve pensar que irá perder seu emprego por conta da informática e sim utilizar com meio para melhorar a qualidade de ensino com essa ferramenta. O papel do profissional em educação é mostrar ao aluno para que serve o conhecimento. Ele precisa enxergar-se com apenas uma parte do processo de aprendizado.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

GESTÃO PARTICIPATIVA: visão de um coordenador pedagógico que a educação precisa


Não à toa se debate as conseqüências da substituição progressiva do modelo fordista e taylorismo pelo toyotismo no campo das relações de produção e do trabalho, provocando no nível da educação novas necessidades quanto à formação do trabalho e reorientação dos demais níveis do ensino.
Deixando para trás o autoritarismo político dentro da escola, próprio de um período histórico ultrapassado, podemos observar que a concepção formal de democracia valoriza, sobretudo, os mecanismos de participação casual, e, portanto, de acordo com a conveniência da direção da escola, dos pais e alunos.
Na medida em que os pais cercam a escola de garantias de que os alunos não questionarão a forma de organização da escola, inclusive mediante comportamento indisciplinas, cumpririam, supostamente, seu papel como pais
Essa forma tradicional, portanto de matizes ainda autoritárias, de visualizar a organização e a gestão escolar encontra-se em crise, na medida em que não responde mais aos anseios por participação dos setores da escola na discussão, nas decisões e na execução das escolhas quanto à administração e rumos da escola, em todas os seus parâmetros, desde os aspectos financeiros, culturais, pedagógicos, etc
A gestão democrática participativa, em todos os campos da atuação da escola, concorre para o aperfeiçoamento da práxis educacional, tendo em vista que cria os canais de envolvimento cada vez maior dos sujeitos sociais nas diversas etapas de discussão das prioridades da escola e da melhoria do ensino-aprendizagem, na eleição dos instrumentos para concretizar as escolhas realizadas democraticamente, na reivindicação de condições de realização de trabalho de professores, que correspondam minimamente às suas necessidades vitais. Constitui um erro monumental entender que a discussão democrática e participativa na gestão escolar dificulta a tomada de decisões e a execução das tarefas imediatas da instituição escolar, tendo em vista a diversidade de opiniões e de posições quanto à organização da escola e as medidas necessárias à sua efetivação
Muitas medidas educacionais foram, ao longo do tempo, sendo tomadas para amenizar o impacto das mazelas sociais no âmbito do ensino, mas não os problemas sociais geradores dos problemas da educação não foram resolvidos, nem suprimidos, do contexto nacional, tendo em vista que a base econômico-social, que prolifera essas questões, continua presente, tais como: as desigualdades sociais, a fome e a miséria da maioria da população
Muitos dos problemas vivenciados pela educação nacional continuam tão presentes quanto antes, quais sejam: evasão escolar, repetência, baixa qualidade do ensino ministrado nas escolas, salários dos professores muito aquém de suas necessidades profissionais e familiares, pouco ou nenhuma assimilação real de conhecimentos científicos e, principalmente, permanência de uma organização escolar clientelista, quanto à escolha de seus gestores, e, unilateral, quanto à tomada de decisões e participação do conjunto dos segmentos da escola, ofuscando de certa forma a autonomia da escola, que se projeto também em seu aspecto administrativo. A partir dessa realidade social surge um debate em torno da elaboração e concreção de um projeto político-pedagógico voltado para as necessidades educacionais da escola, em sentido amplo: que vai desde o processo de ensino-aprendizagem propriamente dito até à gestão e tomada de decisões no seio da escola, o que significa envolvimento maior da comunidade escolar na vida e dinâmica da instituição, transformando-os em sujeitos ativos de todo o processo educacional, inclusive quanto aos aspectos organizacionais
A gestão democrática, arregimentando o esforço coletivo dos professores, alunos e gestores, tenta superar os obstáculos da burocratização administrativa da escola, incrementando os canais de intervenção coletiva da comunidade na instituição escolar. A questão é tão importante, sendo pressuposto da realização de um projeto político-pedagógico, que numerosos autores se empenham em elaborar teoricamente as bases de uma gestão democrática da escola, a partir da crítica das condições em que as formas tradicionais de administração se efetivaram
Tem-se em geral atitudes isoladas de alguns gestores de escolas que, numa ação democrática e ousada, abrem por conta e risco canais de participação dos segmentos escolares na vida organizacional da escola, discutindo com o conjunto da comunidade as prioridades, inclusive com país de alunos, o que não ocorre de forma geral em todos os níveis de ensino e em todas as unidades escolares. Uma gestão democrática garante, pelo menos em princípio, o aperfeiçoamento do debate e da prática educativa, além de proporcionar um caminho para a incorporação à dinâmica organizacional da escola dos sujeitos sociais, procurando incrementar o processo educativo.

REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, Jose Carlos. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Docência em Formação/ Coordenação Antonio Joaquim Severino, Selma Garrido Pimenta). GADOTTI, M e ROMÃO, J. E. (org.). Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 1997. PARO, V. H. Administração Escolar: Introdução Crítica. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1990. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectiva para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro et al. Escola: Espaço do Projeto Político-pedagógico. São Paulo: Papirus, 1998.

GESTÃO DEMOCRÁTICA ESCOLAR


Os artigos 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolares e locais em conselhos escolares. Devemos enfatizar então que a democracia na escola por si só não tem significado. Ela só faz sentido se estiver vinculada a uma percepção de democratização da sociedade.
Na Gestão democrática deve haver compreensão da administração escolar como atividade meio e reunião de esforços coletivos para o implemento dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana; que o Plano Político pedagógico (PPP) deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do Conselho Escolar.
A gestão democrática da educação está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à coordenação de atitudes que propõem a participação social: no planejamento e elaboração de políticas educacionais; na tomada de decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades de aquisição; na execução das resoluções colegiadas; nos períodos de avaliação da escola e da política educacional. Com a aplicação da política da universalização do ensino deve-se estabelecer como prioridade educacional a democratização do ingresso e a permanência do aluno na escola, assim como a garantia da qualidade social da educação.
As atitudes, os conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e competências na formação do gestor da educação são tão importantes quanto a prática de ensino em sala de aula. No entanto, de nada valem estes atributos se o gestor não se preocupar com o processo de ensino/aprendizagem na sua escola. Os gestores devem também possuir habilidades para diagnosticar e propor soluções assertivas às causas geradoras de conflitos nas equipes de trabalho, ter habilidades e competências para a escolha de ferramentas e técnicas que possibilitem a melhor administração do tempo, promovendo ganhos de qualidade e melhorando a produtividade profissional.
O Gestor deve estar ciente que a qualidade da escola é global, devido à interação dos indivíduos e grupos que influenciam o seu funcionamento. O gestor deve saber integrar objetivo, ação e resultado, assim agrega à sua gestão colaboradores empreendedores, que procuram o bem comum de uma coletividade.
Em síntese, o bom gestor deve ser um administrador, isto é, manter a escola dentro das normas do sistema educacional, seguir portarias e instruções e ser exigente no cumprimento de prazos. Também deve valorizar a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação pedagógica e criar oportunidades de capacitação docente.
Deve, contudo, preocupar-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, estar sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abrir a escola nos finais de semana e permitir trânsito livre em sua sala.
Para isso é importante ter uma equipe de direção que tenha talentos complementares. Delegar e liderar devem ser as palavras de ordem. E mais: o bom diretor indica caminhos, é sensível às necessidades da comunidade, desenvolve talentos, facilita o trabalho da equipe e, é claro, resolve problemas.

Gestão Democrática e a autonomia da escola


A gestão escolar precisa estar atenta às mudanças para tornar-se instrumento de resistência à exclusão social e à transformação das pessoas em simples mercadoria, visto que este processo não se separa dos imperativos da globalização. Abordando as dimensões da gestão em uma pesquisa realizada NEVES (1995), sobre autonomia escolar, a autora constata que ela se materializa em três eixos interligados que se relaciona com as racionalidades interna, construindo um vinculo de identidade e missão com a organização externa. 1. No eixo administrativo, podemos destacar a figura do papel do diretor e a organização escolar como o todo. 2. Já o eixo pedagógico, que se refere ao P.P.P, destacando a identidade da escola, sua missão social e resultados alcançados. 3. O terceiro eixo, o financeiro, esta ligado diretamente a questão dos recursos e a forma como são administrados. Esse eixo, portanto é o que esta mais associada à autonomia que de acordo com NEVES (1995), consiste na possibilidade e na capacidade da escola elaborar e implementar um projeto político pedagógico que seja relevante á comunidade e a sociedade a que serve. Como um dos maiores colaboradores da educação o Banco Mundial, é o idealizador da proposta, Sobre a autonomia da escola, conforme caracterizada através do mecanismo da descentralização, Devendo existir menos gerenciamento por meio de mecanismos burocráticos centralistas e, além disso, gerenciamento por fins e identificador de desempenho. Dentro de tal estrutura, as instituições devem se tornar mais autônomas e devem ser mais abertamente seguidas pelos usuários. Desse modo pode-se constatar que a autonomia da escola, como forma expressa da descentralização tem seu nascimento no ideário neoliberal que vem atrelado às demais mudanças pelas quais passam a sociedade, o Estado, as instituições e em particular a gestão escolar A autonomia se deve localiza- no alcance de toda a vida social, envolvendo noções da política, da cultura, do trabalho, bem como os processos de produção e consumo. Nas práticas da vida cotidiana. Com (SIQUEIRA e PEREIRA 1998) ‘ A autonomia refere-se às múltiplas capacidades do indivíduo em se representar tanto nos espaços públicos como nos espaços privados da vida cotidiana, ao seu modo de viver e aos seus valores culturais; à luta pela sua emancipação e desalienação; à forma de ser, sentir e agir; à capacidade de potenciar atividades em diversas formas de trabalho; à resolução de conflitos; ao fortalecimento em relação às suas próprias emoções, que o torna capaz de solidarizar com as emoções dos outros e, enfim, estar mais associado em suas ações.'' A autonomia convém para orientar de forma rápida e urgente, as soluções que são reclamadas pelos alunos, pais, professores e direção, na procura de atender as precisões do dia-a-dia, na busca da qualidade. Para NEVES (1995) o conceito de autonomia também está ligado ao de liberdade e democracia, que segundo a autora são valores essenciais aos homens. A escola autônoma, não é uma escola sem regra ou sem controle do estado, a escola autônoma que almeja caminhar para se tornar uma escola cidadã, precisa incluir que a sua autonomia se restringe a pôr as regras pelas quais ela será gerida, de forma democrática, com a participação de todos os atores envolvidos em suas ações educacionais.